Poeira… a poeira dá muito o que pensar! Essas partículas diminutas, quase invisíveis a olho nú caindo sem cessar continuamente tem muito em comum com a vida. È! a vida… a vida sempre silenciosa, agindo em surdina, transformando tudo, corpos, forças, mundos, universos. Como a poeira cobre tudo silenciosa, a vida sobrepõe-se silenciosa a tudo. Ela rí-se de nossa tolice, nossa vaidade presunçosa e vazia. Nossos planos e interesses mais importantes são ninharias insignificantes para ela, estamos sempre a agarrar bolhas de sabão…
Por que essa vanidade ? Inúmeros pensadores já debruçaram-se sobre essa questão, desde a mais alta antiguidade. Alguns, como Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicuro, Santo Agostinho, Montaigne, Descartes, Pascal e outros, deixaram valiosas contribuições ao conhecimento humano, eles abordaram diversas vezes a questão da vanidade humana.
Como a poeira cobre casas, edifícios, cidades, civilizações inteiras, a vida mantém-se sempre íntegra e perpétua com todos os vai e vem do seres e coisas. Pessoas, coisas existem, vem e vão num determinado tempo e espaço; pessoas agem, vivem, existem, mas passam. Quantos não viveram e morreram antes de nós? A poeira cobriu tudo que deixaram as mais poderosas civilizações. O que sobrou da magnífica Grécia Clássica ? O que sobrou do poderoso império romano? Das grandes civilizações do Egito, Babilônia, entre tantas outras? A poeira cobriu tudo…
O que deixaram as grandes civilizações do passado, o que deixará sempre todas as gerações é um produto sempre desconhecido, principalmente no dias atuais, um produto com características, formas e leis inéditas para a mentalidade comum, totalmente materialista: o espírito. O espírito é completamente desconhecido por toda a maioria alienada. Mas, a vida com suas leis sábias sabe fazer-se obedecer, ela adverte, espera, adverte outra vez; infelizmente, nunca ouvimos, então a vida utiliza o recurso infalível: a dor. È sempre assim, só a dor desperta para a verdade. Investir no espírito é um investimento seguro, uma opção veraz para quem não que deixar apenas destroços e ruínas para serem cobertos pela poeira…